quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

By me #04


Meus queridos,
O ano que se vai foi particularmente especial para mim, ou melhor, para mim e para a Paula, minha amada esposa.
Não sem muito sacrifício e sem a ajuda dos nossos queridos e sempre presentes pais, não sem algumas discussões e alguns momentos de “stress”, não sem vários dias de impaciência e pouco humor, conseguimos erguer a nossa casa e fazer do velho pátio de uma ida e feliz infância o nosso lugar no mundo.
Inseguros por não saber ao certo o que nos esperava, partimos atrás do que parecia impossível e corremos atrás do nosso sonho. De mãos dadas e apoiados em nós mesmos, realizamos aquilo a que nos propúnhamos – isso, por si só, já é mais do que suficiente para brindarmos o 2009 que se vai com muita alegria e felicidade.
Conseguimos, enfrentando novas situações, transformar um desenho feito em uma tarde qualquer na areia da nossa praia em uma realidade feita de tijolos e cores, concreto e vontades, ferros e desejos, onde os quadros das paredes nos remetem a momentos antes divididos e onde cada coisa é um reflexo e uma expressão de nós mesmos.
Mas não foi “só” isso: com vagar no andor e deixando as coisas acontecerem em seus próprios tempos, me vejo evoluindo, mais maduro e encarando a vida – e suas estripulias nem sempre agradáveis – com mais serenidade.
Sabedor do que me é indispensável, não entro nessa desenfreada loucura de estarmos sempre querendo algo mais e mais e mais, a qual nos faz crer que não somos nem nunca seremos completos. Tenho meus planos, estabeleci minhas metas e não me contento com pouco, mas sou pleno com aquilo que tenho.
Ciente de que não sabemos se a vida vai acabar hoje à noite, mês que vem ou daqui a 50 anos, cresço perdendo a vergonha de chorar e me emociono com a vida como ela é!
Sabedor daquilo e daqueles que realmente me importam, me mantenho autêntico e o meu travesseiro não me incomoda na hora de eu dormir.
Sigo meu caminho a descobrir que a minha felicidade e a minha satisfação estão em coisas singelas: fico feliz andando de balanço na pracinha da vizinhança ou fazendo uma fogueira com minha sobrinha, acompanhando o vôo de uma gaivota ou imitando o canto dos passarinhos, ficando em silêncio ou embalado pelo som das minhas músicas, regando minhas plantas ou saindo com meus cachorros, (re)lendo meus livros ou anotando meus delírios, colocando um sorriso no rosto de alguém ou mesmo no meu próprio rosto, rindo de mim mesmo na frente de um espelho.
Com tudo isso e desejando a cada um de vocês um Ótimo Natal e um 2010 grandioso, deixo aqui as minhas palavras neste final de ano:

“Sinta o frio do inverno, mas se agasalhe e tome vinhos a beira da lareira. Sinta o vento do outono, mas não se exponha demais, a sua saúde não é de ferro. Sinta o calor do verão e o quanto é refrescante entrar no mar correndo a pular as ondas até cair em um mergulho salgado. Sinta o cheiro da primavera e renove-se a você mesmo.
Aprenda a viver sem ter a certeza de nada, fica mais fácil e fica mais leve. Surpreenda a você mesmo com um novo gesto, um novo ângulo, uma nova forma ou mesmo com uma velha música que o faz chorar.
Não esqueça que ninguém nasceu sabendo de tudo! E que ninguém vai morrer sabendo tudo! Não esqueça que a arrogância nos faz perder as melhores oportunidades afogados na nossa própria soberba. Por isso, conserve-se humilde e admita a sua própria ignorância – só assim você estará pronto para aprender algo novo.
Não queira ter o controle sobre todas as coisas – não faça de você uma vítima de si mesmo. Dê a cara à tapa, mas não dê um tapa na cara. Esteja sempre de peito e braços abertos, mas não queira abraçar o mundo.
Encante-se com a beleza, mas não desconsidere a feiúra. Aquela não vive senão de braços dados com esta. Curta a alegria, mas curta a tristeza. Elas andam sempre juntas e ambas são efêmeras e sazonais como as flores do seu jardim.
Tenha esperança e faça a sua parte, mas não espere que as coisas caiam do céu. Seja ecologicamente correto e saiba que cada ato seu, por mais insignificante que lhe possa parecer, vai se refletir para sempre, mesmo quando você não estiver mais aqui.
Mude seus caminhos. Dobre numa rua diferente. Pare em outra esquina. Embarque em uma viagem sem rumo e vá pelo caminho mais longo. Troque suas opiniões mas preserve a sua essência e os seus princípios. Mantenha sua casa sempre aberta e abra as janelas da sua cachola, deixe o Sol entrar e o vento arejar as suas idéias.
Redescubra-se visitando a sua própria infância. (Re)Progrida até lá e engatinhe até o seu baú de brinquedos e estórias – lá também está a sua História. Lembre dos que já se foram, comemore os que ainda estão e planeje os que estão por vir. Só não coloque os dedos nas tomadas, afinal você já sabe que vai levar um choque.
E, principalmente, siga sempre em frente, só porque sim!!!
Forte abraço,
Werner H. Spotorno”

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Do fundo do meu bau #01






"Um toque...
Uma resposta...
Há palavras não ditas. Mas...há também palavras ditas que - quando saem do coração - se transformam em mensagens de Vida. Mensagens que se originam na reverência à ancestralidade, no sentir a força da raiz, no solo fértil, adubado pelo amor paterno, materno e familiar.
Que bom te ouvir falar!!
..."



E agora, alguns anos depois (isso me foi escrito há alguns anos), vejo o quanto é bom ter dentro de mim muitas coisas a (re)visitar! Obrigado sempre Tia Lilia!!! Muito obrigado!!!

Frase dos outros #02


"Aventurar-se causa ansiedade, mas deixar de arriscar-se é perder a si mesmo. Aventurar-se no sentido mais amplo é precisamente tomar consciência de si próprio." Kierkegaard

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

By me #03



"Minha vida é um livro aberto, com algumas páginas arrancadas pelo próprio autor!"

Concluo: porque todo mundo tem algo a esconder!