quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

E quando bate a saudade, revisito-me...



"...o primeiro passo não chegou a ser dado e a primeira palavra não chegou a ser dita, mas hoje já vejo que não há nenhum problema nisso. Sempre que preciso de ti, ouço na minha cabeça o tão desejado “dindo” que um dia aprenderias a falar, te coloco na cadeirinha da bicicleta – daqui a algum tempo estarás andando sozinho, na tua própria bicicleta e por tuas próprias pernas - ou ao meu lado no carro e saímos por aí, a passear e conversar. Paramos em alguma praça ou na beira da praia e tomamos um bom chimarrão, ouvimos uma boa música e curtimos essa nossa louca e platônica amizade.

E foi em uma de nossas inúmeras conversas que entendi que o teu destino era aquele e que, por isso mesmo, eu deveria me alegrar - o estavas cumprindo. Mas há dias, como hoje, que minhas lágrimas são inevitáveis e devem correr livres e desimpedidas em meu rosto, em tua homenagem, porque aprendi que nem só por causa da tristeza rolam as lágrimas e choram os homens, senão, e também, por causa da felicidade, da trivialidade ou, até mesmo, por mera cumplicidade. Vezes há em que o choro de uma pessoa é uma mistura de todos esses sentimentos...e é por isso que hoje preciso chorar!..."


By me a few years ago...

Um comentário:

  1. É muito bom revisitar-nos. Por vezes encontramos partes esquecidas que nos fazem perceber o quanto andamos com saudades de nós. Gosto de o fazer.
    Abraço grande, Werner!

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